quarta-feira, 13 de maio de 2009

HAJA O QUE HOUVER





Na Romênia , um homem dizia sempre a seu filho: - Haja o que houver, eu sempre estarei a seu lado. Houve, nesta época um terremoto de intensidade muito grande, que quase alisou as construções lá existentes nesta época. Estava nesta hora este homem em uma estrada.





Ao ver o ocorrido, correu para casa e verificou que sua esposa estava bem, mas seu
filho nesta hora estava na escola.
Foi imediatamente para lá.


E a encontrou totalmente destruída.
Não restou, uma única parede de pé. Tomado de
uma enorme tristeza. Ficou ali ouvindo,
a voz feliz de seu filho e sua promessa
(não cumprida), "Haja o que houver,
eu estarei sempre a seu lado".




Seu coração estava apertado e sua vista apenas
enxergava a destruição. A voz de
seu filho e sua promessa não cumprida,
o dilaceravam. Mentalmente percorreu
inúmeras vezes o trajeto que fazia diariamente segurando sua
mãozinha.




O portão (que não mais existia); corredor.
Olhava as paredes, aquele rostinho
confiante. Passava pela sala do 3º ano ,
virava o corredor e o olhava ao entrar.



Até que resolveu fazer em cima dos escombros,
o mesmo trajeto. Portão, corredor, virou
a direita e parou em frente ao que deveria
ser a porta da sala. Nada! Apenas uma pilha
de material destruído.



Nem ao menos um pedaço de alguma coisa que lembrasse a
classe. Olhava tudo desolado.




E continuava a ouvir sua promessa:



"Haja o que houver, eu sempre estarei com você".





E ele não estava...
Começou a cavar com as mãos.
Nisto chegaram outros pais, que
embora bem intencionados, e também desolados,
tentavam afastá-lo de lá dizendo:
- Vá para casa. Não adianta, não sobrou ninguém.
- Vá para casa.





Ao que ele retrucava:
- Você vai me ajudar?




Mas ninguém o ajudava,
pouco a pouco, todos se afastavam.



Chegaram os policiais, que
também tentaram retirá-lo dali, pois viam que não havia chance de ter sobrado ninguém
com vida.






Existiam outros locais com mais esperança. Mas este homem não esquecia sua promessa
ao filho, a única coisa que dizia para as pessoas que tentavam retirá-lo de lá era:
- Você vai me ajudar?





Mas eles também o abandonavam. Chegaram os bombeiros, e foi a mesma coisa...
- Saia daí, não está vendo que não pode ter sobrado ninguém vivo?





Você ainda vai por em risco a vida de pessoas que queiram te ajudar pois continuam
havendo explosões e incêndios.




Ele retrucava :
- Você vai me ajudar?
- Você esta cego pela dor não enxerga mais nada.
- Você vai me ajudar?






Um a um todos se afastavam.
Ele trabalhou quase sem descanso,
apenas com pequenos
intervalos mas não se afastava dali. 5h / 10h / 12h / 22h / 24h / 30h .




Já exausto, dizia a si mesmo que precisava saber se seu filho estava
vivo ou morto.
Até que ao afastar uma enorme pedra, sempre chamando pelo filho ouviu:



- Pai... estou aqui!




Feliz fazia mais força para abrir um vão maior e perguntou:
- Você esta bem?
- Estou. Mas com sede, fome e muito medo.
- Tem mais alguém com você?
- Sim, da classe, 14 estão comigo estamos presos em um vão entre dois pilares.
- Estamos todos bem.







Apenas conseguia ouvir seus gritos de alegria.
- Pai, eu falei a eles: Vocês podem ficar sossegados, pois meu pai irá nos achar.
- Eles não acreditavam, mas eu dizia a toda hora...




- Haja o que houver, meu pai, estará sempre a meu lado.
- Vamos, abaixe-se e tente sair por este buraco .
- Não! Deixe eles saírem primeiro...
- Eu sei; que haja o que houver...
- Você estará me esperando!





(autor desconhecido)
O ALPINISTA




Esta é a história de um alpinista que sempre buscava superar mais e mais desafios.Ele resolveu depois de muitos anos de preparação escalar o Aconcágua.




Mas ele queria a glória somente para ele, e resolveu escalar sozinho
sem nenhum companheiro, o que seria natural no caso de uma escalada
dessa dificuldade.





Ele começou a subir e foi ficando cada vez mais tarde, porém ele não
havia se preparado para acampar resolveu seguir a escalada decidido a
atingir o topo.





Escureceu, e a noite caiu como um breu nas alturas da montanha, e não
era possível mais enxergar um palmo à frente do nariz, não se via
absolutamente nada.





Tudo era escuridão, zero de visibilidade, não havia lua e as estrelas estavam cobertas pelas nuvens.




Subindo por uma "parede" a apenas 100m do topo ele escorregou e caiu;
caia a uma velocidade vertiginosa, somente conseguia ver as manchas que
passavam cada vez mais rápidas na mesma escuridão, e sentia a terrível
sensação de ser sugado pela força da gravidade.





Ele continuava caindo ... e nesses angustiantes momentos, passaram por
sua mente todos os momentos felizes e tristes que ele já havia vivido
em sua vida .... de repente ele sentiu um puxão forte que quase o
partiu pela metade . . . Shack!





Como todo alpinista experimentado, havia cravado estacas de segurança com grampos a uma corda comprida que fixou em sua cintura.





Nesses momentos de silêncio, suspendido pelos ares na completa escuridão, não sobrou para ele nada além do que gritar:





Ó MEU DEUS ME AJUDE ! !






De repente uma voz grave e profunda vinda do céu respondeu:

QUE VOCÊ QUER DE MIM MEU FILHO?

Me salve meu Deus por favor! !







VOCÊ REALMENTE ACREDITA QUE EU POSSA TE SALVAR ?

Eu tenho certeza meu Deus.

ENTÃO CORTE A CORDA QUE TE MANTÉM PENDURADO ....






Houve um momento de silêncio e reflexão.




O homem se agarrou mais ainda à corda e refletiu que se fizesse isso morreria...
Conta o pessoal de resgate que ao outro dia encontrou a um alpinista
congelado, morto, agarrado com força com as suas duas mãos a uma
corda...



A TÃO SOMENTE DOIS METROS DO CHÃO...



DESC AUTORIA
CAVALEIRO DO AMOR



Um dia, numa praça, um jovem exibia seu coração, o mais bonito daquela cidade. Uma grande multidão se aproximou e admirou aquele coração, pois era perfeito. Não havia nele um único sinal que lhe prejudicasse a beleza.
Todos reconheceram que realmente era o coração mais bonito que já haviam visto.
O jovem estava vaidoso e o ostentava com crescente orgulho.




De repente um velho homem, montado num cavalo, surgiu do meio da
multidão, desceu ao chão e bradou: "Seu coração nem de longe é tão
bonito quanto o meu!"



O jovem e a multidão olharam para o coração do velho homem: batia
fortemente, mas era cheio de cicatrizes. Havia lugares onde faltavam
pedaços e também partes com enxertos que não se encaixavam bem, que
tinham as laterais ressaltadas.




A multidão se espantou:



"Como pode ele dizer que seu coração é mais bonito?"



O jovem olhou para o coração do velho homem e disse, rindo: "O senhor
deve estar brincando! Compare seu coração com o meu e veja. O meu é
perfeito e o seu é uma confusão de cicatrizes e emendas!"




"Sim" , disse o velho homem. "O seu tem aparência perfeita mas eu nunca
trocaria o meu por ele. As marcas representam pessoas a quem dei o meu
amor. Eu arranquei pedaços do meu coração
e dei a elas e, muitas vezes,

elas me deram pedaços de seus corações para colocar nos espaços
deixados; como esses pedaços não eram de tamanho exato, hoje parecem
enxertos feios e grosseiros,
mas eu os conservo como lembranças de amor
que dividimos.




Algumas vezes eu dei pedaços do meu coração e as pessoas que os
receberam não me deram em retorno pedaços de seus corações: esses são
os buracos que você vê. Dar amor é arriscar.


Embora esses buracos doam,
eles permanecem abertos, lembrando-me do amor que tenho por aquelas
pessoas, e eu tenho esperança de que um dia elas me dêem retorno e
preencham os espaços que ficaram vazios. Agora você consegue ver o que
é beleza de verdade? "




O jovem ficou em silêncio, com lágrimas rolando por suas faces.
Caminhou em direção do velho homem, olhou para o próprio coração e
arrancou um pedaço, oferecendo-o com as mãos trêmulas.





O homem pegou aquele pedaço, colocou no coração e tirando um outro
pedaço do seu, colocou-o no espaço deixado no coração do jovem. Coube,
mas não perfeitamente, já que havia irregulares beiradas.





O jovem olhou para o seu antes tão perfeito coração. Já não tão
perfeito depois disso, mas muito mais bonito do que sempre fôra, já que
o amor do velho homem entrara nele.





Diante da multidão que os observava em respeitoso silêncio, eles se
abraçaram e saíram andando lado a lado, seguidos pelo cavalo, cujas
patas batendo no solo emitiam o som de corações pulsando ...
Como é o seu coração? Quantas marcas de amor que trocamos trazemos em
nosso ser? Quantos espaços vazios deixamos em outros corações.





Autor: Desconhecido

terça-feira, 5 de maio de 2009

FÁBULA DA VERDADE


Um dia, a Verdade andava visitando os homens sem roupas e sem adornos, tão
nua como o seu nome.E todos que a viam viravam-lhe as costas de vergonha
ou de medo e ninguém lhe dava as boas vindas.
Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, rejeitada e desprezada.





Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, num traje belo e muito colorido.
- Verdade, por que estás tão abatida? - perguntou a Parábola.
- Porque devo ser muito feia já que os homens me evitam tanto!
- Que disparate! - riu a Parábola - não é por isso que os homens te evitam.
Toma, veste algumas das minhas roupas e vê o que acontece.





Então a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola e, de repente,
por toda à parte onde passa era bem-vinda.
- Pois os homens não gostam de encarar a Verdade nua; eles a preferem disfarçada.




(Conto Judaico)
DEUS NÃO VAI PERGUNTAR


Deus não vai perguntar que tipo de carro você costumava dirigir, mas vai perguntar quantas pessoas que necessitavam de ajuda você transportou.


Deus não vai perguntar qual o tamanho da sua casa, mas vai perguntar quantas pessoas você abrigou nela.

Deus não vai fazer perguntas sobre as roupas do seu armário, mas vai perguntar quantas pessoas você ajudou a vestir.





Deus não vai perguntar o montante de seus bens materiais, mas vai perguntar em que medida eles ditaram sua vida.

Deus não vai perguntar qual foi o seu maior salário, mas vai perguntar se você comprometeu o seu caráter para obtê-lo.

Deus não vai perguntar quantas promoções você recebeu, mas vai perguntar de que forma você promoveu outros.






Deus não vai perguntar qual foi o título do cargo que você ocupava, mas vai perguntar se você desempenhou o seu trabalho com o melhor de suas habilidades.

Deus não vai perguntar quantos amigos você teve, mas vai perguntar para quantas pessoas você foi amigo.





Deus não vai perguntar o que você fez para proteger seus direitos, mas vai perguntar o que você fez para garantir os direitos dos outros.

Deus não vai perguntar em que bairro você morou, mas vai perguntar como você tratou seus vizinhos.





E eu me pergunto: que tipo de respostas terei para dar?

(Autor desconhecido)
AS TRÊS PENEIRAS



Um rapaz procurou Sócrates e disse-lhe que precisava contar-lhe algo sobre alguém.

Sócrates ergueu os olhos do livro que estava lendo e perguntou:

- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?

- Três peneiras? - indagou o rapaz.




- Sim ! A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer me contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo. Suponhamos que seja verdade. Deve, então, passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é uma coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo? Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?






Arremata Sócrates:

- Se passou pelas três peneiras, conte !!! Tanto eu, como você e seu irmão iremos nos beneficiar.
Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos, colegas do planeta.
ATIRE A PRIMEIRA FLOR

Glácia Daibert


Quando tudo parecer caminhar errado, seja você a tentar o primeiro passo certo;

Se tudo parecer escuro, se nada puder ser visto, acenda você a primeira luz,
traga para a treva, você primeiro, a pequena lâmpada;




Quando todos estiverem chorando, tente você o primeiro sorriso;
talvez não na forma de lábios sorridentes, mas na de um coração que
compreenda, de braços que confortem;





Se a vida inteira for um imenso não, não pare você na busca do primeiro
sim, ao qual tudo de positivo deverá seguir-se;

Quando ninguém souber coisa alguma, e você souber um pouquinho,
seja o primeiro a ensinar, começando por aprender você mesmo,
corrigindo-se a si mesmo;





Quando alguém estiver angustiado à procura, consulte bem o que se passa,
talvez seja em busca de você mesmo que este seu irmão esteja;

Daí, portanto, o seu deve ser o primeiro a aparecer, o primeiro a mostrar-se,
primeiro que pode ser o único e, mais sério ainda, talvez o último;




Quando a terra estiver seca, que sua mão seja a primeira a regá-la;
quando a flor se sufocar na urze e no espinho,
que sua mão seja a primeira a separar o joio, a arrancar a praga,
a afagar a pétala, a acariciar a flor;






Se a porta estiver fechada, de você venha a primeira chave;

Se o vento sopra frio, que o calor de sua lareira seja a primeira proteção
e primeiro abrigo.





Se o pão for apenas massa e não estiver cozido,
seja você o primeiro forno para transformá-lo em alimento.





Não atire a primeira pedra em quem erra.
De acusadores o mundo está cheio; nem, por outro lado, aplauda o erro;
dentro em pouco, a ovação será ensurdecedora;






Ofereça sua mão primeiro para levantar quem caiu;
sua atenção primeiro para aquele que foi esquecido;
Seja você o primeiro para aquele que não tem ninguém;






Quando tudo for espinho, atire a primeira flor;
seja o primeiro a mostrar que há caminho de volta,
compreendendo que o perdão regenera,
que a compreensão edifica, que o auxílio possibilita,
que o entendimento reconstrói.




Atire você, quando tudo for pedra,
a primeira e decisiva flor.